Visibilidade trans: categoria bancária tem luta histórica por direitos
01 de abril 2024
O Dia Internacional
da Visibilidade Trans foi celebrado no domingo (31/03). “Essa é uma data
importante para o movimento sindical bancário, que tem em sua pauta de atuação
a luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+”, observa a secretária de
Políticas Sociais da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro), Elaine Cutis.
Segundo o Dossiê sobre assassinatos e violências contra travestis e transexuais em
2023, realizado pela Antra (Associação Nacional de Travestis e
Transexuais), o Brasil é o país em que mais pessoas trans são mortas de forma
violenta, com 155 casos registrados em 2023. “As questões da diversidade são de
fato temas centrais em nossas negociações, tanto que a categoria bancária é a
única que possui uma mesa permanente dedicada ao tema”, ressalta Elaine. “Essas
negociações resultaram em importantes avanços, como a isonomia de direitos e o
uso do nome social, demonstrando nosso compromisso com a igualdade e o respeito
à diversidade”, completa.
Como direito à pessoa trans, o movimento sindical bancário já conquistou a garantia
do uso do nome social nos crachás e nos sistemas dos bancos, independentemente
de ela já ter obtido o reconhecimento desse direito pelo Estado. Na pauta de
negociação, estão reivindicações como a licença médica especifica para a
realização de cirurgia de redesignação sexual e um programa de mentoria para
ascensão profissional da população trans nos bancos.
Em direitos para bancários e bancárias da comunidade LGBTQIA+, a categoria
conquistou ainda a extensão dos direitos de casais heteroafetivos para os
casais homoafetivos, como a inclusão no plano de saúde do companheiro ou
companheira. Elaine lembra que “neste ano de nova Campanha Nacional, vamos
manter essa bandeira e avançar na luta, sempre buscando a garantia dos mesmos
direitos a todas as pessoas, e isso inclui o fim da discriminação contra a
comunidade LGBTQIA+, claro, mas também contra mulheres, grupos raciais ou
PCDs”.
Visibilidade Trans
O Dia Internacional
da Visibilidade Trans foi lançado em 2009 pela ativista transgênero Rachel
Crandall, dos Estados Unidos, em reação à falta de reconhecimento das pessoas
transgênero, inclusive por parte da comunidade LGBTQIA+. No Brasil, o Dia
Nacional da Visibilidade Trans é celebrado em 29 de janeiro.
Nessa data, em 2004, um grupo de ativistas transgênero se dirigiu ao Congresso
Nacional para se manifestar em favor da campanha Travesti e Respeito.
Fonte: Seeb-SP e
Contraf-CUT.