Trabalhadores cobram reunião com BB para debater salários e metas
23 de abril 2024
A notícia divulgada
pelo portal Uol de que “BB quer aumentar salário da presidente para R$ 117 mil;
57% de reajuste”, repercutiu negativamente entre as trabalhadoras e
trabalhadores do Banco do Brasil.
“Nós solicitamos uma reunião, nesta quarta-feira (24/04), para que o banco
apresente respostas aos nossos pedidos sobre Plano de Cargos e Remuneração e os
Planos de Funções”, destacou a coordenadora da CEBB (Comissão de Empresa dos
Funcionários do Banco do Brasil), Fernanda Lopes.
A representante da
CEBB pontuou que foram surpreendidos, pela imprensa, sobre a ampliação de
salários nos altos cargos. “Ainda que tenhamos grande processo de negociação
com o banco, em nenhum momento essa pauta nos foi apresentada. O que nós,
trabalhadoras e trabalhadores do BB, queremos saber são as respostas da empresa
sobre nossas reivindicações, como o fim de cobrança excessiva de metas, fim do
Performa, programa que impactou muito nos salários e impossibilitou o encarreiramento”,
completou.
Os trabalhadores
também pedem soluções para as carreiras dos caixas, supervisores de atendimento
e gerentes de serviços, entre outras pautas que estão pendentes por parte do
banco. “Lembramos que a categoria realizará, em junho, um Congresso Nacional de
funcionários, onde todas essas pautas serão debatidas”, observou Fernanda
Lopes.
Papel do BB como banco público
Nos últimos anos, o
BB vem batendo uma série de recordes históricos de lucro. E, o valor alcançado
no final de 2023, foi um dos argumentos apontados para o pedido de reajuste
para a Assembleia Geral de Acionistas, que atingiria não apenas a Presidência
do BB, mas todo o Conselho Diretor do banco.
“O movimento
sindical bancário entende que basear-se no lucro não é sustentável, até mesmo
porque o papel de um banco público, como sempre defendemos, não é pagar
dividendos, mas ter um papel estratégico no desenvolvimento do país, e isso
passa pela oferta de crédito mais barato para as famílias e empresas, com a
manutenção de taxas e tarifas menores para o público”, concluiu Fernanda Lopes.
Fonte: Contraf-CUT