Dirigentes do Sindicato de Londrina estão paralisando nesta terça-feira (16/05) a agência Lago Parque, do Bradesco, em protesto contra a demissão de uma bancária PCD (pessoa com deficiência), que foi demitida no último dia 12, apesar de estar com problemas de saúde. Com faixas, o Sindicato denuncia a onda de demissões que está em curso no banco para reduzir ainda mais o quadro de pessoal e aumentar o lucro fácil. Segundo o secretário de Administração do Sindicato de Londrina e representante da Fetec-CUT/PR (Federação dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito do Paraná) junto à COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Bradesco, Valdecir Cenali, a bancária demitida começou a trabalhar no banco há quatro anos e, apesar de ter sido contratada como caixa, sempre era colocada para atuar nos terminais de autoatendimento. “Diziam que ela não tinha capacidade para a função. Para complicar a situação ela vinha sofrendo vários tipos de discriminação, que afetaram sua saúde psicológica, o que levou a ter um sério problema, inclusive com internamento hospitalar, mas apesar da gravidade não teve o direito à emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho)”, relata. [caption id="attachment_18057" align="alignleft" width="750"] Sindicato realiza terceiro protesto dos últimos dias contra demissões no Bradesco em Londrina[/caption] Ainda de acordo com Valdecir, na volta ao trabalho a bancária PCD passou pelo médico perito que entregou a ela um Atestado sem constar que estava apta ou não para o trabalho e sem assinatura. Na avaliação da secretária de Saúde do Sindicato de Londrina, Eunice Miyamoto, esse tipo de procedimento é antiético, além de configurar uma falta de respeito com a bancária. “O Sindicato já está cobrando explicações do Bradesco em relação a este caso e se o banco não abrir a CAT nós mesmos faremos isso”, garante Eunice, afirmando que essa postura dos bancos é muito desumana. Por Armando Duarte Jr.