Acatando orientação do Comando Nacional dos Bancários, dirigentes do Sindicato de Londrina retardaram nesta quarta-feira (28/08), até o meio-dia, o expediente das cinco maiores agências do Centro da cidade em protesto contra a proposta apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

Na reunião de negociação de terça-feira (27), os bancos sugeriram reajustar os salários da categoria somente a partir de janeiro, mantendo a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) congelada. Essa proposta foi imediatamente rejeitada na mesa de negociações pelo Comando, que já orientou a realização de Assembleias no dia 4 de setembro para avaliar o que os bancos apresentaram e definir os rumos da Campanha Nacional 2024.

Para o secretário-geral do Sindicato de Londrina, Dirceu Quinelato, é inaceitável aceitar o calote dos bancos na data base da categoria, ainda em se tratando do um setor mais lucrativo do país. “Até parece que os bancos estão precisando de ajuda para se sustentar ao propor um reajuste salarial aos funcionários somente daqui quatro meses. Isso representa o corte mensal, em média, de R$ 682 no bolso de cada bancário e bancária”, aponta.

Dirceu lembra que somente nos seis primeiros meses deste ano os cinco maiores bancos do país tiveram juntos R$ 60 bilhões de lucro líquido, o que representa um crescimento de 15% na comparação com o valor apurado no mesmo período do ano passado. “Com uma rentabilidade dessa não dá para aceitar o discurso de que os bancos estão sofrendo com a concorrência”, salienta.

Paralisação no prédio central do Banco do Brasil

Dirigentes do Sindicato na ação na agência Willie Davids, do Bradesco

Cartazes denunciam a ganância dos bancos no Itaú

Agência do Santander na Rua Minas Gerais também teve expediente retardado

Sindicato se reuniu com empregados da Caixa no final do protesto

Reunião com funcionários do Bradesco

Por Armando Duarte Jr.