Sindicato de Londrina distribui folder com orientações sobre assédio moral

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24 de julho 2024

O Sindicato de Londrina está distribuindo um folder com informações e orientações sobre o assédio moral, prática muito comum no setor financeiro, e um dos fatores que mais impulsionam o crescimento de doenças psíquicas na categoria bancária.

O folder está sendo entregue nesta semana para aproveitar a realização, na quinta-feira (25/07), de rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) para debater cláusulas da Minuta de Reivindicações sobre saúde e condições de trabalho.

Segundo a secretária de Saúde do Sindicato de Londrina, Eunice Miyamoto, este material amplia o debate com a categoria sobre os impactos do assédio moral, decorrente o da atual forma de gestão adotada pelos bancos, na saúde mental da categoria. “Isso faz parte de uma política institucional extremamente nociva voltada para ampliar cada vez mais os lucros sem se preocupar com as suas consequências sobre as vidas dos bancários e bancárias. Embora o movimento sindical venha há anos cobrando negociações sobre como são estipuladas as metas e como devem ser cobradas, os bancos vêm não levam esse diálogo a respeito desse grave problema e o resultado é uma leva cada vez maior de trabalhadores doentes no setor”, aponta.

O folder explica o que é o assédio moral organizacional, informa o que ele pode causar, dá exemplos de prática desse tipo de conduta e da conduta dos assediadores, além de orientar a categoria a denunciar essa violência.

Eunice lembra que na Campanha Nacional de 2010 a categoria conseguiu incluir na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) a cláusula 61, que estabelece mecanismos de prevenção a conflitos no ambiente de trabalho. Em 2011 houve mais uma conquista neste sentido, com a cláusula 39, proibindo aos bancos a divulgação de rankings de monitoramento de resultados e a cobrança de metas por mensagens no celular. Já na Campanha de 2022 foi definida a realização de reuniões entre os bancos e o movimento sindical para analisar as metas e as formas de acompanhamento utilizadas por eles.

“Temos que colocar em prática esses direitos. E para isso é fundamental que a categoria utilize os canais de denúncias para punir os agressores, o que servirá de base para que os Sindicatos possam cobrar mudanças nessa política de gestão”, orienta a secretária de Saúde do Sindicato de Londrina.

Por Armando Duarte Jr.