Dirigentes de Londrina no em frente à agência Willie Davids Atividade realizada por dirigentes do Sindicato de Londrina nesta-quarta-feira (31/05) denunciou a falta de condições de trabalho e o atendimento precário aos clientes do Bradesco. O protesto faz parte do lançamento da campanha nacional #AVergonhaContinuaBradesco, que pressiona o banco a suspender o fechamento de agências e as demissões em massa de funcionários. De acordo com o secretário de Administração do Sindicato de Londrina, Valdecir Cenali, que também é coordenador da COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Bradesco, com esse processo de redução do número de agências o banco está centralizando as contas em poucas unidades, ampliando a sobrecarga de serviços para os poucos bancários que ainda não foram demitidos. “Nos últimos tempos o Bradesco fechou duas agências no Centro de Londrina e transferiu as contas para a agência Willie Davids, sem, no entanto, aumentar a quantidade de funcionários para adequar o aumento da demanda. O resultado é a precarização das condições de trabalho e a piora na qualidade do atendimento, com muitas filas e maior tempo de espera para os clientes”, aponta. O presidente do Sindicato de Londrina, Felipe Pacheco, afirma que só este ano o banco fechou mais de 90 agências no país, dificultando a vida dos clientes, que precisam andar mais e esperar mais tempo para ser atendidos na hora de realizar suas operações financeiras. “Além disso, o fechamento de agências vem gerando insegurança nos bancários e bancárias, porque sabem que poderão ser demitidos se o Bradesco continuar fechando unidades e centralizando o atendimento em poucas agências”, explica Felipe, acrescentando que o objetivo da campanha nacional é pressionar o Bradesco a melhorar o atendimento à população, bem como dos funcionários, que precisam ter segurança para trabalhar. A situação do atendimento precário também foi criticada pela cliente do Bradesco em Londrina, Maria Aparecida da Silva (nome fictício). Segundo dona Maria Aparecida, faltam não apenas funcionários do banco, mas também segurança na hora de fazer operações nos caixas eletrônicos. “Eu já fui assaltada nesta agência (Willie Davids) quando fui sacar dinheiro. Como não tem vigilante neste local, o homem se aproximou de mim e acabou levando R$ 2,5 mil da minha conta. Fiquei muito assustada, mas reclamei com o gerente e fiz Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia e depois de uns 40 dias, depois de muita cobrança, o banco ressarciu o dinheiro para mim”, relata a cliente, dizendo que o Bradesco não deveria empurrar as pessoas para o atendimento digital, pois nem todo mundo consegue utilizar esses canais. Fotos e texto por Armando Duarte Jr.