Pé-de-Meia foi pauta de reunião com a direção da Caixa
03 de abril 2024
A Contraf-CUT (Confederação
Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) se reuniu, na terça-feira (2/04),
e, Brasília, com o vice-presidente de Pessoas da Caixa Econômica Federal,
Francisco Egidio Pelúcio Martins. A reunião foi solicitada pela presidência da
Contraf-CUT para explicar como funciona o Comando Nacional dos Bancários,
reforçar a importância do diálogo, discutir sobre o calendário de negociações e
cobrar soluções para reivindicações pendentes.
“Esse é um ano de negociações para a renovação da nossa Convenção Coletiva de
Trabalho e do Acordo específico da Caixa. É muito importante que o novo
vice-presidente tome pé de como funcionam as negociações e das demandas dos
trabalhadores, para que o andamento das negociações flua mais tranquilamente e
a gente possa chegar ao melhor acordo para a categoria e para os empregados da
Caixa”, disse a presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos
Bancários, Juvandia Moreira, ao ressaltar que a reunião foi muito positiva.
Pé-de-Meia
Presente na
reunião, a coordenadora da CEE (Comissão Executiva dos Empregados),
recém-eleita representante dos trabalhadores no Conselho de Administração do banco,
Fabiana Uehara Proscholdt, aproveitou a ocasião para pautar os problemas que
são enfrentados pelas empregadas e empregados para o atendimento dos
beneficiários do Programa Pé-de-Meia, do Governo
Federal.
“A sobrecarga de trabalho, os constantes problemas nos sistemas do banco e a
falta de condições de trabalho, que afetam o cotidiano de trabalho das
empregadas e empregados estão escancarados para todo mundo ver”, afirmou Fabi,
como é chamada a coordenadora da CEE pelos seus colegas de banco, ao se referir
às enormes filas que estão se formando nas imediações das agências da Caixa em
todo o país, devido a mais uma demanda para atendimento a beneficiários de
programas sociais do Governo Federal, o Pé-de-Meia. “A população e os
empregados não podem sofrer toda a vez que uma nova demanda social é criada”,
completou.
Fabi também ressaltou os problemas que são criados para o cumprimento das metas
estipuladas pela Caixa. “Por isso, pedimos que não haja cobrança de cumprimento
de metas comerciais dessas agências, para permitir que os empregados atendam
esse público de forma adequada, sem que tenham que se preocupar em vender os
produtos estipulados pelo banco”, completou.
O presidente da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa),
Sergio Takemoto, também presente na reunião, ressaltou a importância do
Pé-de-Meia e de outras políticas públicas do Governo Federal que têm a Caixa
como principal executora. “O programa é extremamente positivo! Garante uma
renda mínima para evitar que haja evasão escolar de jovens do ensino médio. Mas
a Caixa precisa ter condições de prestar um bom atendimento à população, sem
adoecer seus empregados e nem expor a população a situações degradantes”,
disse. “Por isso, insistimos na necessidade de investimentos em tecnologia e
reforçamos o pedido para que se aumente o número de contratações previstas no
concurso público”, completou.
A previsão é que a Caixa contrate mais 4 mil novos empregados entre os que
forem aprovados na prova que será realizada em maio. A Contraf-CUT, a Fenae e o
Sindicato de Bancários de Brasília oferecem um cursinho gratuito para ajudar
bancários sindicalizados, ou não, seus dependentes e indicados a serem
aprovados no concurso (leia mais sobre o cursinho).
Fonte:
Contraf-CUT