Negociações entre financiários e Fenacrefi empacam sem acordo

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06 de setembro 2024

Mesmo após um dia inteiro de negociações, a décima reunião entre o Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e a Fenacrefi (Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), da Campanha Nacional 2024, terminou sem um acordo. A entidade patronal apresentou duas propostas que ficaram muito abaixo dos anseios da categoria e foram prontamente recusadas na mesa de negociação.

A secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, Magaly Fagundes, destacou que, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), até julho deste ano, 8.809 acordos foram firmados, dos quais 86% garantiram índices acima do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), ou seja, com aumento real. “A média é superior a 1,5% de aumento real. Não podemos aceitar um índice tão irrisório para este ano e sem nada previsto para o ano que vem”, afirmou.

Proposta inicial

A proposta inicial da Fenacrefi foi de aplicar, de forma linear, o INPC nos próximos dois anos. Para o período de julho de 2023 a junho de 2024, o índice registrado foi de 3,34%, e o índice para 2025 será o INPC linear. Sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), a proposta é de mudanças na regra que vai refletir em prejuízo aos trabalhadores.

“Todos as propostas apresentadas de alteração dos direitos conquistados representam redução de custos das empresas e impõem perdas aos financiários”, afirmou Jair Alves, coordenador.

Segunda proposta

A segunda proposta da Fenacrefi continuou aquém das expectativas, oferecendo um reajuste salarial de 3,5% para 2024, o que representaria apenas 0,15% de aumento real. Para 2025, a proposta permanece com o INPC linear. Em relação à PLR, a proposta manteve-se inalterada.

A reunião foi encerrada sem uma data definida para o novo encontro. “Nós estamos à disposição para continuar as negociações, desde que seja com uma proposta digna”, finalizou Magaly.

Fonte: Contraf-CUT