Movimentos sociais realizam atos contra juros altos nesta terça (20)

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20 de junho 2023

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e demais Centrais Sindicais (Força Sindical, CTB, UGT, CSB, NCST, CSP Conlutas, Intersindical e A Pública), entidades sindicais, incluindo a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), e movimentos sociais realizam nesta terça-feira (20/06) atos em várias cidades do país para exigir a redução da taxa básica de juros (Selic). Definido pelo BC (Banco Central), o índice está em 13,75% ao ano – o mais alto do mundo. Veja abaixo todos os locais dos atos. A manifestação faz parte da Jornada de Mobilização Contra a Política Monetária do Banco Central, que começou na última sexta (16), com uma caminhada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A campanha é permanente até que o BC, comandado por Roberto Campos Neto, pare de boicotar a economia por meio da Selic elevada. Os juros altos dificultam o crescimento da economia, porque faz com que fique mais caro às empresas expandir seus negócios, além de aumentar as dívidas em todos os setores, incluindo das famílias e do governo, com os gastos com contratos de empréstimos e com cartões de crédito. “Os únicos beneficiados com a prática de uma Selic elevadíssima são os rentistas, detentores dos títulos da dívida pública por meio do Tesouro Direto. No Brasil, os maiores detentores desses títulos são os banqueiros e grandes especuladores, que recebem bilhões de reais que o governo, por meio do Tesouro, paga em juros. Logo, quanto maior a Selic, mais dinheiro sai dos cofres públicos em pagamentos da Dívida Pública, recurso que poderia ser direcionado para outras áreas, como Saúde e Educação”, explicou a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira. Em 2022, os gastos do governo federal com o pagamento de juros e amortizações da dívida pública somaram R$ 1,879 trilhão – aumento de R$ 464 bilhões em relação ao ano anterior, segundo levantamento da Auditoria Cidadã da Dívida. “Esse crescimento é explicado principalmente pela elevação acelerada da Selic pelo Banco Central, que alcançou 13,75% desde agosto de 2022, sob falsa justificativa de controlar inflação, provocando forte impacto no custo da dívida pública e em toda a economia do país”, destacou a entidade. Agenda dos atos: Os atos serão em frente aos prédios do BC. Nas cidades onde a entidade não tem sede, as concentrações serão em locais de grande movimento. Brasília – DF: Eixinho L, na altura da 202 Sul – em frente ao Banco Central, 8h30 Curitiba – PR: Av. Cândido de Abreu, 344 – Centro Cívico, 11h Porto Alegre – RS: Rua 7 de Setembro, 586 – Centro, 11h Recife – PE: Rua do Sol – Em frente aos Correios, 15h São Paulo – SP: Av. Paulista, 1.804 – Bela Vista, 10h Rio de Janeiro – RJ: Em frente à sede do BC, na Av. Presidente Vargas, 730, 11h Belo Horizonte – MG: Av. Álvares Cabral, 1.605, Santo Agostinho, às 10h Em Brasília, o ato terá presença do presidente nacional da CUT. "Não vamos sair das ruas enquanto o Campos Neto não baixar a Selic. Se ele não fizer isso, vamos ao Senado pedir a cassação dele. Porque o papel do presidente o BC é promover emprego, desenvolvimento do país e ele está fazendo o contrário", disse o dirigente na última sexta-feira, durante o ato no ABC Paulista. Fonte: Contraf-CUT