Movimento Sindical exige que Santander abone horas de jogos do Brasil
08 de novembro 2022
A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), por meio da COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Santander, assim como os Sindicatos e Federações filiados, enviou um ofício ao banco reivindicando que o mesmo se abstenha de exigir a compensação das horas não trabalhadas durante os jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo 2022. A exigência da compensação foi comunicada pelo banco na semana passada.
No ofício enviado ao banco, a representação dos trabalhadores salientou que, “até o momento, o Santander é o único banco que se manifesta no sentido de compensar, o que, mais uma vez, o diferencia negativamente no sistema financeiro.”
“Mais uma vez o Santander difere dos seus concorrentes negativamente, impondo uma compensação de horas que deveriam ser de convivência coletiva, que poderia inclusive gerar satisfação e, portanto, mais produtividade”, observou a coordenadora da COE/Santander, Lucimara Malaquias.
Para Lucimara, compensar as horas trabalhadas, nestas situações, é uma imposição descabida e desrespeitosa com a cultura do País. “Neste período de polaridade, momentos de confraternização e convivência coletiva e pacífica devem ser estimulados por todos, inclusive pelo banco”, disse.
A funcionária da Santander e secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Rita Berlofa, lembra que a decisão de compensar as horas trabalhadas é rechaçada pelos trabalhadores, que demonstram grande insatisfação com o fato. “Ao manter esta decisão, o banco perde uma grande oportunidade de dialogar com os interesses dos trabalhadores e de estimular um ambiente mais integrativo e salutar no espaço de trabalho”, disse. “Assistir aos jogos precisa ser um momento de lazer e não de preocupação sobre como conciliar agenda pessoal com a compensação das horas”, completou.
Fonte: Contraf-CUT