Inflação cai em abril para 0,61%; para quem ganha menos índice é de 0,53%
12 de maio 2023
Foto: Roberto Parizotti (Sapão)
A inflação desacelerou no mês de abril, segundo a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta sexta-feira (12/05). O IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial ficou em 0,61%, uma queda de 0,10% em relação ao mês de março com 0,71%.
Ao longo dos primeiros quatro meses de 2023, o acumulado da inflação é de 2,72%. Já nos últimos 12 meses, acumula alta de 4,18%. Na comparação de abril deste ano com o mesmo mês em 2022, a inflação caiu quase pela metade. No ano passado estava em 1,06%.
A variação de preços do IPCA
O IPCA mede a variação de preços para quem tem renda de um a 40 salários mínimos (R$ 1.320 a R$ 52.800). Todos os preços pesquisados pelo índice oficial da inflação tiveram alta.
Os itens que menos subiram foram o do setor de transportes (0,56%), auxiliado pela queda dos preços dos combustíveis, de - 0,44%. O etanol teve alta (0,92%), enquanto diesel (-2,25%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,52%) caíram.
Já o grupo saúde e cuidados pessoais acumulou 1,49% em abril e teve impacto de 0,19 ponto percentual no total do INPC. O índice foi puxado pelos preços dos remédios. Em 31 de março o governo autorizou reajuste de 5,60% nos preços dos medicamentos, que se refletiu na alta deste mês. Os planos de saúde também subiram 1,20% no mês passado.
Para o economista Gustavo Machado Cavarzan, da subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos) na Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro), “a desaceleração teria sido ainda maior, não fosse o impacto da alta de 3,55% nos produtos farmacêuticos no mês. Esse fator não deve se repetir nos próximos meses. Alguns itens que vinham subindo fortemente nos últimos anos e prejudicando a vida da população tiveram queda no mês, como a carne, por exemplo, que teve redução de 0,45% em seus preços”.
Os nove grupos que compõem o IPCA tiveram a seguinte variação:
- Alimentação e bebidas: 0,71%;
- Habitação: 0,48%;
- Artigos de residência: 0,17%;
- Vestuário: 0,79%;
- Transportes: 0,56%;
- Saúde e cuidados pessoais: 1,49%;
- Despesas pessoais: 0,18%;
- Educação: 0,09%;
- Comunicação: 0,08%.
- Alimentação e bebidas: 0,61%;
- Habitação: 0,46%;
- Artigos de residência: 0,17%;
- Vestuário: 0,75%;
- Transportes: 0,41%;
- Saúde e cuidados pessoais: 1,30%;
- Despesas pessoais: 0,16%;
- Educação: 0,12%;
- Comunicação: 0,06%.