Assembleia nacional dos bancários do Santander acontece nesta terça (11)

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10 de outubro 2022

Acontece nesta terça-feira (11/10), das 8h às 20h, assembleia de bancários do Santander, em todo o país, para que os funcionários possam dizer se aprovam ou reprovam as terceirizações realizadas pelo banco. “Nos últimos dois anos, pelo menos, 9 mil trabalhadores deixaram de ser bancários dentro do Grupo Santander do Brasil”, explicou a coordenadora da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Lucimara Malaquias. “Queremos ouvir os trabalhadores e indicamos a rejeição de todo esse processo de terceirização”, completou. A manobra utilizada pelo Santander para terceirizar o emprego de milhares de bancários e bancárias é via criação de novos CNPJs, ligados ao grupo. Já foram criadas seis empresas. A última foi anunciada no dia 3, chamada “SX Tools”, para onde estão sendo transferidos 1,7 mil funcionários da área de manufatura. “A terceirização é gravíssima e, ao que tudo indica, novas áreas podem ser atingidas nos próximos meses. Até o momento, tecnologia e investimentos, câmbio e, por último, toda área de manufatura foi direcionada para outros CNPJs. Ou seja, os terceirizados permanecem gerando lucros ao banco, mas não ganham como bancários, o que é extremamente grave”, pontuou Lucimara. Todos os funcionários podem votar, sejam eles sindicalizados ou não. Basta acessar o link https://bancarios.votabem.com.br/, das 8h às 20h, e votar NÃO como resposta para as duas questões colocadas. Lucimara destacou ainda que, com a transição para outras empresas, os trabalhadores perdem direitos conquistados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, entre esses direitos estão a jornada de seis horas; a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), como definida na CCT; e redução no auxílio-creche/babá. Protestos Na última sexta (7), trabalhadores realizaram, em diversas cidades do País, protestos em agências e unidades administrativas do Santander contra as terceirizações. “Não podemos aceitar essa prática do Santander, que não trata desta forma os trabalhadores em outros países. Não é possível que ele venha aqui no Brasil tratar os brasileiros como trabalhadores de segunda categoria”, disse a funcionária do Santander e Secretaria de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Rita Berlofa, que participou das manifestações. Fonte: Contraf-CUT