Alta de preços dos alimentos levam inflação de 2022 a fechar em 5,79%

Escrito por: 16822

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11 de janeiro 2023

Puxada pelos preços dos alimentos, especialmente do leite longa vida e da cebola, a inflação em dezembro de 2022 ficou em 0,62%. Com isso, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede o custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 e 40 salários mínimos, fechou o ano passado em 5,79%. Este índice é acima da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional), de 3,5 % e do teto de 5%. A informação foi dada na terça-feira (10/01) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), responsável pelo cálculo da inflação. Em 2021, a inflação do país ficou em 10,06%. De acordo com o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta no ano, seis deles acima do índice geral.  O maior impacto sobre a inflação do ano de 2022 é do grupo de alimentação e bebidas, respondendo por 2,41 % do indicador. Segundo o IBGE, a alimentação no domicílio teve alta de 13,23%, superior à da alimentação fora do domicílio, que foi de 7,47%. Na alimentação no domicílio, a maior alta de preços foi da cebola, que subiu 130,14% no ano, a maior alta entre os 377 produtos e serviços pesquisados para composição do IPCA. A segunda maior pressão sobre a alimentação no domicílio partiu do leite longa vida, com alta de 26,18%. Outros alimentos com aumento relevante de preços foram a batata-inglesa (51,92%), as frutas (24%) e o pão francês (18,03%). O analista de preços do IBGE, André Almeida, explicou em nota que “no caso da cebola, a alta está relacionada à redução da área plantada, ao aumento do custo de produção e a questões climáticas. Já os preços do leite subiram de forma mais intensa entre março e julho de 2022, quando a alta acumulada no ano chegou a 77,84%. A partir de agosto, com a proximidade do fim do período de entressafra, os preços iniciaram uma sequência de quedas até o final do ano, sendo a mais expressiva delas em setembro (-13,71%). A segunda maior pressão sobre o índice veio do grupo de saúde e cuidados pessoais, com 1,42 % de impacto. O grupo de vestuário teve altas superiores a 1% em 10 dos 12 meses. Já o grupo Habitação fechou o ano próximo da estabilidade. Resultado de cada um dos nove grupos que compõem o IPCA:

Inflação para os mais pobres Já o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) que mede a inflação para quem ganha até cinco salários mínimos (grupo mais sensíveis às variações de preço, pois tendem a gastar todo o seu rendimento em itens básicos, como alimentação, medicamentos, transporte, etc.,) fechou dezembro em 0,69%. O acumulado do ano de 2022 é de 5,93%. Por CUT Nacional, com edição de Rosely Rocha