Acusações contra ex-presidente da Caixa continuam sem desfecho
13 de abril 2023
Um ano após as denúncias de assédio moral e sexual contra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, o caso, que tem desdobramentos nas esferas trabalhista e criminal, ainda não tem um desfecho.
“A Caixa fez um acordo com o MPT (Ministério Público do Trabalho) para reduzir a indenização que a ela foi imputada. Mas, defendemos que os prejuízos sejam cobrados de quem cometeu a infração. Pois, se o banco tiver que pagar, quem acaba arcando com o ônus é a própria sociedade”, disse a coordenadora da CEE (Comissão Executiva dos Empregados) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, ao defender que os valores sejam cobrados de Pedro Guimarães, caso as denúncias sejam comprovadas.
O presidente da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal), Sergio Takemoto, pede que seja feita a justiça no caso de assédio sexual. “Que a justiça seja feita e que haja punição dos culpados. Essa é a expectativa de todos os empregados e empregadas”, disse.
Responsabilidade da Caixa
Para a coordenadora da CEE, a responsabilidade da Caixa deve ser administrativa. “O banco precisa garantir que as denúncias das empregadas e empregados sejam ouvidas e as investigações não sejam engavetadas. Também deve garantir o sigilo e evitar que haja retaliações contra os denunciantes. As pessoas que sofrem com o assédio não podem sofrer novamente com as perseguições”, disse.
De acordo com reportagem veiculada no jornal Folha de S. Paulo, em acordo com o MPT, a Caixa se comprometeu a:
- Receber e encaminhar as denúncias dos funcionários em até 30 dias;
- Concluir as investigações internas em até seis meses;
- Facilitar o recebimento de denúncias.