O GT (Grupo de Trabalho) de Saúde do Itaú-Unibanco se reuniu com a direção do banco, na manhã desta quarta-feira (14/06), em reunião realizada em São Paulo de forma híbrida, para debater as metas, conforme estabelece a cláusula 87 da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), negociada na Campanha Nacional de 2022. O texto da CCT prevê o debate sobre as formas de acompanhamento das metas estipuladas para cada trabalhador e suas cobranças.
No encontro, os dirigentes sindicais apresentaram os levantamentos dos Sindicatos e relataram os problemas que os trabalhadores estão enfrentando nos últimos meses por conta da cobrança excessiva de metas.
Para a coordenadora do GT de Saúde, Luciana Duarte, é fundamental mostrar ao banco “os preocupantes números de doenças psíquicas relacionadas ao trabalho, com destaque para os alarmantes casos de esgotamento profissional (burnout), que são consequência de cobrança absurda de metas e assédio moral”.
As críticas caíram também sobre a falta de eficácia do canal da prevenção de conflito. “Os números apresentados na reunião pelos sindicatos presentes mostram que a realidade do tamanho do adoecimento dos bancários do Itaú é assustadora! O assédio moral só aumenta. Cobramos a responsabilidade do banco sobre a situação dos trabalhadores e que sejam debatidas e encaminhadas soluções concretas para os problemas”, disse Valeska Pincovai, representante do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região no GT de Saúde do Itaú.
Foi entregue ao banco ainda uma pauta de negociação com vários temas relacionados à saúde e condições de trabalho. “Criamos um calendário para tratar dos temas que são urgentes diante do cenário de adoecimento extremo da categoria”, completou Luciana.
O banco se comprometeu a trazer, na próxima reunião, marcada para o dia 27, a respostas de todos os casos denunciados.
Fonte: Contraf-CUT